perdido errando nas vielas de um palco onírico e a realidade uma espiral ao mesmo ponto de antes
sonhei com você esta noite (ou nos vimos semana passada?) irrelevante [apenas sentir]
angústias em todo lugar ferindo minha pele imunda me faça fugir [para algum lugar bom
escapo admiro a imensidão retorno minha carcaça corpórea sou? prisioneiro da carne eterno fluido transcendente
não te vejo mais capto apenas impressões [que escorrem igual suas lágrimas naquela noite] do que um dia nós fomos meu cristalino converge toda a realidade em uma fotografia opaca de mim mesmo não esboço mais nem sentimentos nem razões nenhum rascunho de alma nasce do meu lápis sem ponta tão presente e tão longínquo por dentro grito [mas não preste atenção
queimo minha face com o rubor a falsa lanterna que me dá esperança e proclamo mas danço conforme o palco e a plateia
não lembro mais perdi a lembrança da maciez do seu toque acho que esqueci quem sou
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