Streptococcus pneumoniae – Poema

Streptococcus pneumoniae

Começou a consolidação.
Um demônio nos tornou maciços,
exsudato por toda parte.
Dióxido de carbono,
cuspido pelo diafragma neurótico.

Os murmúrios cedem aos ruídos,
nosso sangue se torna alcalino.
Amoxicilina padroeira perfunde
mas os gram-positivos, selecionados
crucificam nosso pulmão.

Meus pés gelados.
Minha pele fervente.
As mitocôndrias vomitam
seu ácido.

Os acessórios não
aguentam mais.
Carbono escurece
meu cérebro.
Os cocos.
Em cadeia,
indiferentes.

Insuficiência.
Contemplo os céus
com minhas
asas nasais,
amarradas
nessa maca.

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